Fevereiro Roxo: Conhecendo Lúpus, Fibromialgia e Alzheimer

Saiba tudo sobre a campanha Fevereiro Roxo, que visa aumentar a conscientização sobre lúpus, Alzheimer e fibromialgia. Descubra como você pode apoiar essa importante causa.

CAMPANHA DE CORES

Ariéu Azevedo Moraes

2/8/20254 min ler

laço roxo campanha de conscientização, lúpus, fibromialgia e Alzheimer
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Fevereiro Roxo: Conscientização sobre Lúpus, Fibromialgia e Mal de Alzheimer

Você já ouviu falar do Fevereiro Roxo? Esse mês é muito mais do que Carnaval e verão — é um momento crucial para falarmos sobre três doenças que afetam silenciosamente milhões de pessoas: lúpus, fibromialgia e mal de Alzheimer. Essa campanha de conscientização em saúde pública tem ganhado força no Brasil, incentivando o diagnóstico precoce, o acolhimento e o respeito às pessoas que convivem com essas condições crônicas e muitas vezes invisíveis.

Neste post, você vai entender a origem da campanha, como cada uma dessas doenças afeta a vida dos pacientes, quais são os sintomas, formas de diagnóstico, tratamento e, principalmente, por que é tão importante falar sobre isso.

O que é o Fevereiro Roxo?

Criada em 2014, a campanha do Fevereiro Roxo escolheu o roxo como símbolo por representar espiritualidade, empatia e transformação. Seu lema — “Se não tem cura, que tenha conforto” — resume o objetivo da mobilização: oferecer informação, apoio e acolhimento às pessoas com lúpus, fibromialgia e Alzheimer.

Mais do que dar visibilidade às doenças, a campanha também alerta sobre a importância de buscar ajuda médica ao menor sinal de sintomas e de respeitar a realidade de quem lida com essas condições todos os dias.

Lúpus: quando o sistema imunológico ataca o próprio corpo

O lúpus é uma doença autoimune que provoca inflamações em diversas partes do corpo. Isso acontece porque o sistema imunológico, que deveria proteger, passa a atacar órgãos e tecidos saudáveis, como pele, articulações, rins e cérebro.

Sintomas comuns:

  • Fadiga intensa

  • Dores nas articulações

  • Febre sem causa aparente

  • Lesões na pele (em forma de asa de borboleta sobre o nariz)

  • Perda de cabelo

  • Problemas renais

Diagnóstico:

Não há um exame único para o diagnóstico do lúpus. O mais comum é o teste de anticorpos antinucleares (ANA), junto com exames de sangue, urina e função renal.

➡ Saiba mais sobre lúpus no site da Sociedade Brasileira de Reumatologia

Tratamento:

O tratamento visa controlar os sintomas e impedir o avanço da inflamação. Pode incluir:

  • Corticoides

  • Imunossupressores

  • Antimaláricos

  • Alterações na rotina, como evitar exposição ao sol e controlar o estresse

Com acompanhamento médico e cuidado diário, é possível conviver bem com o lúpus.

Fibromialgia: a dor que o exame não mostra

A fibromialgia é uma síndrome que causa dor muscular crônica e generalizada, além de fadiga, distúrbios do sono, ansiedade e problemas de memória. É mais comum em mulheres, especialmente entre os 30 e 60 anos.

Sintomas frequentes:

  • Dor constante e difusa

  • Fadiga

  • Sono não reparador

  • Dificuldade de concentração (“nevoeiro mental”)

  • Depressão ou ansiedade

Diagnóstico:

A fibromialgia não aparece em exames de imagem ou sangue. O diagnóstico é clínico, feito por exclusão de outras doenças e pela avaliação dos chamados “pontos dolorosos”.

➡ Veja mais sobre o tema no portal do Ministério da Saúde

Tratamento:

Como não há cura, o foco é aliviar a dor e melhorar a qualidade de vida com uma abordagem multidisciplinar:

  • Uso de antidepressivos e analgésicos

  • Fisioterapia

  • Terapias alternativas (yoga, acupuntura, meditação)

  • Exercícios físicos leves e regulares

  • Psicoterapia

O suporte emocional é essencial. A dor pode não ser visível, mas é real — e precisa ser acolhida.

Mal de Alzheimer: quando a memória começa a se apagar

O mal de Alzheimer é a principal causa de demência no mundo. Trata-se de uma doença neurodegenerativa progressiva que compromete as funções cognitivas, especialmente a memória, linguagem e raciocínio.

Sintomas iniciais:

  • Esquecimentos recorrentes

  • Desorientação no tempo e espaço

  • Dificuldade de comunicação

  • Mudanças de humor e comportamento

Com o tempo, o Alzheimer afeta a capacidade do paciente de realizar tarefas simples do dia a dia, exigindo cuidados constantes.

Diagnóstico:

É feito com base em avaliação clínica, testes neuropsicológicos e exames como ressonância magnética. O acompanhamento precoce é essencial para retardar a progressão da doença.

➡ Conheça os sinais no site da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz)

Tratamento:

Embora ainda não tenha cura, é possível desacelerar os sintomas com:

  • Medicamentos como inibidores da colinesterase

  • Estimulação cognitiva

  • Terapia ocupacional

  • Apoio familiar e social

Cuidadores também precisam de suporte, pois a jornada é desafiadora para todos os envolvidos.

Por que o Fevereiro Roxo é tão importante?

Essas três doenças têm algo em comum: são invisíveis aos olhos, mas profundamente impactantes. Muitas vezes, o preconceito, a desinformação e a falta de apoio agravam ainda mais o sofrimento de quem convive com essas condições.

O Fevereiro Roxo é um lembrete de que informação pode transformar vidas. Conhecer os sintomas, buscar ajuda médica e oferecer acolhimento a quem vive com lúpus, fibromialgia ou Alzheimer faz toda a diferença.

O que você pode fazer?

  • Compartilhe esse post com seus amigos e familiares

  • Participe de eventos e campanhas locais

  • Apoie pacientes e cuidadores

  • Incentive a escuta, o respeito e o diagnóstico precoce

  • Procure atendimento médico se você identificar sintomas

Conclusão

O Fevereiro Roxo nos convida a olhar para o outro com mais empatia. Mesmo que essas doenças não tenham cura, a informação, o cuidado e a solidariedade são formas poderosas de oferecer conforto e dignidade. E isso, sim, pode mudar vidas.

Fontes e referências:

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